POESIA
(Plínio Bastos)
Meus amigos poetas, fantasistas
que procurais, ansiosos, a poesia
e, afinal, nos trazeis coisas tão vistas
que nem a pena de vos ler valia.
Falais de flores, de sol, de alegria
e o mundo vos proclama hábeis artistas,
donos da rima, mestres da harmonia
e doutras grandes poéticas conquistas.
Falais de estrelas, rosas, malmequeres
e do mágico olor que se tresanda
dos cabelos e bocas das mulheres...
Parai! Parai, poetas, por favor!
Quereis poesia? Entrai numa quitanda
e comprai, para a amada, uma couve-flor...
sábado, 24 de abril de 2010
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