sábado, 24 de abril de 2010

DE ESTAÇÃO DE PARTIDA

ONDE MINHA ALMA ?

Artífice de minhas dores eu sou.
Não invento estradas longas
e não me deparo jamais com Van Gogh
carregando sua orelha num prato.
Prostitutas bonitas não se balançam
nas redes estendidas no horizonte
nem super-homem repõe Sol na sua órbita .
Vejo figuras desgrenhas se contorcendo
de solidão e fome.
Perambulam poetas de pés quebrados
sem ossos e sem ritmo
por ruas noturnas como a selva escura.
Não piloto centauros de estrelas
que não me passo por poeta maldito.
O que me acorda é a loucura de não encontrar na vida
uma forma de ser decifrado
enquanto aguardo minha alma que se perdeu.

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